Chimarrão
Autoria: Glaucus Saraiva
Amargo doce que eu sorvoNum beijo em lábios de prata.Tens o perfume da mataMolhada pelo sereno.E a cuia, seio moreno,Que passa de mão em mãoTraduz, no meu chimarrão,Em sua simplicidade,A velha hospitalidadeDa gente do meu rincão.Trazes à minha lembrança, Neste teu sabor selvagem, A mística beberagem, Do feiticeiro charrua, E o perfil da lança nua, Encravada na coxilha,Apontando firme a trilha, Por onde rolou a história, Empoeirada de glórias, De tradição farroupilha.Em teus últimos arrancos, Ao ronco do teu findar, Ouço um potro a corcovear, Na imensidão deste pampa, E em minha mente se estampa, Reboando nos confins , A voz febril dos clarins, Repinicando: "Avançar"!E então eu fico a pensar, Apertando o lábio, assim, Que o amargo está no fim, E a seiva forte que eu sinto, É o sangue de trinta e cinco, Que volta verde pra mim.
Autoria: Glaucus Saraiva
Amargo doce que eu sorvoNum beijo em lábios de prata.Tens o perfume da mataMolhada pelo sereno.E a cuia, seio moreno,Que passa de mão em mãoTraduz, no meu chimarrão,Em sua simplicidade,A velha hospitalidadeDa gente do meu rincão.Trazes à minha lembrança, Neste teu sabor selvagem, A mística beberagem, Do feiticeiro charrua, E o perfil da lança nua, Encravada na coxilha,Apontando firme a trilha, Por onde rolou a história, Empoeirada de glórias, De tradição farroupilha.Em teus últimos arrancos, Ao ronco do teu findar, Ouço um potro a corcovear, Na imensidão deste pampa, E em minha mente se estampa, Reboando nos confins , A voz febril dos clarins, Repinicando: "Avançar"!E então eu fico a pensar, Apertando o lábio, assim, Que o amargo está no fim, E a seiva forte que eu sinto, É o sangue de trinta e cinco, Que volta verde pra mim.
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